Aduneb-Mail

ADUNEB-Mail 2017 – Edição 715 (01/09/17)

 Docentes da Uneb realizam diálogo com a comunidade neste sábado, 2 de setembro 

Os professores do Movimento Docente da Uneb, neste sábado (02), a partir das 9h, farão panfletagem e diálogo com a comunidade, que reside e trabalha próximo ao Campus I da universidade, no Cabula, em Salvador. O bate-papo será no cruzamento das ruas Silveira Martins e Estrada das Barreiras (esquina da Uneb). A diretoria da ADUNEB convida professores, estudantes e servidores técnicos a participarem da atividade deste sábado, que mostrará a importância da Uneb e a falta de comprometimento do governo estadual com a educação pública superior. 

Durante toda a manhã os professores irão dialogar com a população local sobre o fundamental papel da Uneb na assistência social, a exemplo dos atendimentos gratuitos na área da saúde; formação dos jovens e possibilidade de futuros mais promissores, além da atuação direta no desenvolvimento da Bahia. Localizada em 24 unidades, em todas as regiões do estado, a Uneb e seus professores e técnicos estão entre os maiores responsáveis pela socialização do conhecimento científico, da formação e informação às novas gerações. O universo acadêmico da Uneb é composto diretamente por uma comunidade de aproximadamente 30 mil pessoas, sendo 25 mil estudantes. São cerca de 150 cursos de graduação e 20 programas de pós-graduação.

A atividade deste sábado também reforçará a denúncia sobre a falta de vontade política, do governo Rui Costa, com os problemas da Uneb e das demais universidades estaduais da Bahia: Uefs, Uesc e Uesb. Mesmo com toda a importância das Ueba para o desenvolvimento do estado, os representantes do governador agem com descaso e se recusam a negociar a pauta de reivindicações 2017 da categoria docente (leia aqui). O déficit do orçamento, que desde 2012 é de apenas 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI), tem provocado o desmonte das universidades. Entre outros problemas, há falta de infraestrutura e recursos financeiros para ensino, pesquisa e extensão; 299 docentes estão com seus processos negados de promoções e alterações de regime de trabalho; desde 2015 o governo não paga a reposição inflacionária, o que já corroeu os salários dos servidores públicos em quase 20%; todos os campi da Uneb continuam sem restaurante universitário e somente o Campus I possui posto de atendimento médico.

A luta é de todas e todas, pela qualidade e sobrevivência da Uneb e da educação pública superior. 

“Um mais um é sempre mais que dois”


Participe!


Crise das universidades estaduais leva professores às rádios da capital e interior

Nesta quarta-feira (30) o coordenador do Fórum das ADs e diretor da Aduneb, Milton Pinheiro, concedeu entrevista ao vivo, direto do estúdio da rádio Cruzeiro, para o Programa A Força do Povo. Sensibilizada com a crise por que passam as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e a falta de comprometimento do governo do estado com a categoria docente, a equipe de jornalismo da rádio abriu espaço para que o coordenador do Fórum das ADs pudesse relatar todos os problemas por que passam Uneb, Uefs, Uesc e Uesb.

Na semana passada, docentes da Adufs e Adusb também estiveram em Salvador, no estúdio do programa Acorda pra Vida, da rádio Excelsior. Agendamentos estão sendo realizados em outras rádios, tanto da capital quanto do interior. De acordo com os professores, essa é mais uma ação do Movimento Docente (MD) das Ueba, com a intenção de pressionar o governo Rui Costa a abrir as negociações da pauta de reivindicações de 2017.

                                                                                                                                                                                           Foto: Divulgação

Iracema Lima (Adusb), Gean Santana (Adufs) e o apresentador Almir Santana

Durante as entrevistas os professores denunciam os números da crise. Mostraram também os principais problemas que poderão levar a categoria docente das Ueba a uma greve por tempo indeterminado. Os professores ainda relataram as tentativas de abertura de negociação com o governo, até então sem retorno, assim como a construção do indicativo de greve e o calendário de mobilizações do MD previsto para o mês de setembro. Uma paralisação das universidades e forte manifestação está prevista para o dia 27 do mesmo mês. (leia mais). 

 Além dessas, outras iniciativas também estão em curso, como a reivindicação por audiências públicas com o tema nas Câmeras Municipais, Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) e na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Uma audiência já foi realizada na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, em 22 de agosto (leia mais).  

                                                                                                                                                             Foto: Ascom Fórum das ADs

Docentes explicam os problemas das universidades ao Arcebispo Dom Murilo Krieger

Com os direitos trabalhistas negados, o MD já aprovou indicativo de greve nas assembleias de duas universidades – Uesb e Uesc. A paralisação do dia 27 de setembro, já aprovada pelas assembleias da Aduneb e Adusb, também será pauta na Adufs e Adusc.

Leia mais sobre o calendário de mobilizações aqui.  

Texto: Ascom Fórum das ADs com complemento ADUNEB


Cartilhas críticas à contrarreforma do ensino médio e opressões são lançadas no Ifba de Salvador 

Para continuar o enfrentamento à ofensiva conservadora a Frente Baiana Escola sem Mordaça, nesta terça-feira (29), realizou no Ifba – Barbalho, em Salvador, o lançamento de cartilhas contra as opressões e a reforma do ensino médio. As publicações são produzidas pelo ANDES-SN e têm distribuição nacional. A atividade contou com uma mesa redonda a qual fizeram parte a diretora da ADUNEB e do ANDES-SN, Caroline Lima, e a educadora da Ufba, Sandra Siqueira. O mediador foi o vereador Hilton Coelho, que também integra a Frente Baiana Escola sem Mordaça.

Como mediador, Hilton Coelho, ressaltou a importância das cartilhas como ferramentas de luta contra as frações conservadoras da sociedade. Coelho fez uma breve contextualização histórica sobre as questões que levaram o Brasil ao atual momento. Passou pela regressão industrial do país e o grave problema causado pelo desvio de metade do orçamento brasileiro à dívida pública. O fato tem como consequência o subfinanciamento de setores como educação e ciência e tecnologia. O mediador citou ainda a ascensão dos partidos de centro, com a imposição das contrarreformas e ataques aos direitos da classe trabalhadora.

Público atento ao debate

Contrarreforma do ensino médio

Durante sua fala a professora Sandra Siqueira se posicionou de maneira extremamente crítica à contrarreforma do ensino médio. Para a educadora, a Lei 13.415/17 possui um caráter excludente e foi realizada de maneira autoritária, por meio de medida provisória, sem a discussão com as representações de professores e estudantes. 

Segunda a docente da Ufba, a reforma proposta não assegura a formação ampla e crítica dos alunos. É uma educação pensada para privilegiar a burguesia, em detrimento dos filhos da classe trabalhadora. Enquanto os ricos continuarão sua formação em escolas particulares com amplo acesso ao conhecimento; caberá aos pobres a utilização de escolas sem infraestrutura, com currículos falhos em que foram retiradas disciplinas críticas como filosofia e sociologia.

Sandra explicou as principais alterações, que são verdadeiras armadilhas aos filhos da classe trabalhadora, a exemplo da falácia da flexibilização do currículo. Na teoria, os estudantes e as instituições de ensino optarão por uma das quatro áreas de conhecimento propostas para a formação dos jovens: 1) Linguagem a suas tecnologias; 2) Matemática e suas tecnologias; 3) Ciências da Natureza e suas tecnologias: 4) Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Mas, na prática, de acordo com a falta de infraestrutura nas escolas públicas, o aluno ficará refém do que a instituição de ensino tenha condições estruturais de ofertar, a qual, na grande maioria das vezes terá um currículo pautado nos interesses e nas necessidades do mercado e do acúmulo de capital. “A reforma irá empobrecer a formação da classe trabalhadora e reduzir as chances das camadas mais pobres da sociedade de chegar ao ensino superior. Nossa resposta tem que ser a luta pela revogação dessa lei”, afirmou Sandra. A professora finalizou convidando todos a conhecerem a cartilha feita pelo ANDES-SN (leia aqui).

                                                                                   Mesa redonda - Caroline Lima, Hilton Coelho e Sandra Siqueira

Cartilha contra opressões

A diretora da ADUNEB, Caroline Lima, como uma das idealizadoras da Cartilha contra Opressões (leia aqui), explicou que o material foi produzido devido ao aumento de denúncias de assédios morais e sexuais nos espaços das universidades, por todo o país. Para a professora, os casos de assédio e as agressões machistas, fascistas, racistas e LGBTfóbicas passaram a aumentar, a partir de 2004, com o surgimento do movimento Escola sem Partido, que propicia o avanço do conservadorismo e reforça escolas apenas como espaços de reprodução e não de pensamento crítico.

Segundo Caroline, o crescimento das denúncias de assédio nas universidades só aconteceu porque os movimentos sociais (feministas, negros, LGTBs) passaram a ocupar os espaços na academia. “Os negros e negras, as mulheres, os indígenas, o púbico LGBT só estão nas universidades graças ao sistema de cotas, que não foi presente de nenhum governo, foi uma vitória das lutas dos movimentos sociais.

A docente entende a cartilha como uma importante ferramenta contra todas as formas de opressão. “Machismo e LGBTfobia matam todos os dias. A cartilha é uma maneira de combater a opressão por dentro, no interior das próprias instituições de ensino. Precisamos aumentar os espaços de formação contra as opressões”, pontuou Caroline.

Cartilhas do ANDES-SN contra opressões e reforma do ensino médio

Agenda

A próxima reunião da Frente Baiana Escola sem Mordaça será em 5 de setembro, às 17h, na Faculdade de Educação da Ufba. A participação é aberta a todos os interessados.


NOTA DE REPÚDIO AO ATAQUE À AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 

A diretoria do ANDES-SN manifesta seu veemente repúdio à ação deferida pela Justiça Federal da Bahia, determinando, em caráter liminar, o cancelamento da entrega do título de Doutor Honoris Causa deliberado pelo Conselho Universitário. Entendemos que ações como essa, de intervenção da justiça na rotina acadêmica das instituições de ensino, representa um ataque à autonomia universitária, ferindo o preceito constitucional.

Aproveitamos para nos solidarizar com a comunidade acadêmica na defesa da autonomia universitária da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB e de todas as instituições do país, pois defendemos a pluralidade de ideias e a autonomia das instituições de ensino, como forma de garantir a qualidade da educação pública brasileira fundada em preceitos democráticos e autônomos.

Brasília, 29 de agosto de 2017

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional



EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DOCENTE 

Salvador, 30 de agosto de 2017.
 
A ADUNEB - SEÇÃO SINDICAL DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições e de acordo com o que dispõe o seu Regimento, convoca seus associados para uma ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DOCENTE, a realizar-se no dia 13 DE SETEMBRO DE 2017 (QUARTA-FEIRA), no AUDITÓRIO DA ADUNEB – CAMPUS I, às 9h, em primeira convocação, e, às 9h30, em segunda convocação, com qualquer número.
 
Pauta única:
 
Informes,
Eleição de delegados da ADUNEB ao 3º Congresso da CSP-Conlutas,
O que ocorrer.
  
José Milton Pinheiro de Souza
Coordenador Geral
 
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