Aduneb-Mail

ADUNEB-Mail 2017 – Edição 698 (26/05/17)

 Pressão popular – 150 mil ocuparam Brasília contra Temer

Caravana da Bahia contou com dezenas de ônibus. O protesto foi contra as reformas da Previdência e Trabalhista, a Lei das Terceirizações e pelo Fora Temer 

A caravana da Bahia, composta por dezenas de ônibus, marcou forte presença na manifestação em Brasília, desta quarta-feira (24). O Ocupe Brasília foi considerado mais um dia histórico em defesa da classe trabalhadora. Somente a CSP-Conlutas Bahia e as entidades que a representam, entre elas a ADUNEB e a Regional Nordeste III do ANDES-SN, levaram seis ônibus lotados à capital federal. O protesto foi contra as reformas da Previdência e Trabalhista, a Lei das Terceirizações e pelo Fora Temer.
                                                                                                                                                         Foto: ANDES-SN

Milhares marcham a caminho da Esplanada dos Ministérios

A atividade organizada em unidade pelas centrais sindicais, com apoio dos movimentos sociais e a juventude, segundo estimativa dos organizadores, levou à Esplanada dos Ministérios cerca de 150 mil pessoas. Além de mostrar bravura diante da violenta repressão militar, os manifestantes localizados na coluna da CSP-Conlutas e do ANDES-SN, também defenderam a construção de uma Greve Geral de 48 horas. 

                                                                                                                                                 Fotos: Romerito Pontes

Repressão brutal a mando do governo Temer
 
Leia aqui a matéria completa sobre o Ocupe Brasília, produzida pelo ANDES-SN.

Salvador

Puxado pelas frentes Povo sem Medo, Brasil Popular e centrais sindicais, neste dia 24, milhares de pessoas também ocuparam as ruas de Salvador pelo Fora Temer e Diretas Já! Os manifestantes saíram da praça do Campo Grande e foram em marcha até a Câmara Municipal, no Pelourinho. Durante todo o percurso, as falas das lideranças que vinham do carro de som e os gritos de protesto da população, demonstravam indignação e muita disposição de enfrentamento à política de cortes trabalhistas e sociais do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).

                                                                                                                                                    Foto: Mídia Ninja

Milhares exigem Fora Temer e Diretas Já pelas ruas do Campo Grande


Fórum das ADs discute ampliar e radicalizar a luta frente ao descaso do governo Rui Costa 

Em reunião, o Fórum discutiu a pauta estadual e apontou o caminho da radicalidade em busca de respostas e solução para a retirada de direitos e crise das universidades

Na última terça-feira (16) o Fórum das ADs se reuniu na sede da ADUFS para discutir a pauta estadual e o atual cenário de precarização das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). Através de uma análise de conjuntura, que perpassou por uma discussão nacional e local, o Fórum apontou a radicalidade da luta como uma orientação para as próximas ações diante do governo Rui Costa. 

Foi tirado do espaço um conjunto de iniciativas, através de um calendário de ações, que vão no sentido de radicalizar e ampliar a luta. Entre os apontamentos estão a intensificação da campanha de mídia, indicativo de dias de paralisações, rodadas de assembleias e a Semana em Defesa das Universidades Estaduais, prevista entre os dias 22 e 26 de maio. A caravana nacional de Brasília do dia 24 também faz parte do calendário de mobilização do Fórum.

Os docentes avaliaram como o cenário de retirada de direitos tem impactado no desmonte da educação do país, a exemplo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que hoje apresenta um quadro de não pagamento de salário e sucateamento agudo. A análise dos professores é que essa política de desmonte das universidades estaduais se estende em todo o país. 

Precarização em números

Além de estar há dois anos sem receber reajuste linear, os docentes das universidades estaduais baianas hoje contam com um alto número de processos emperrados de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho. Ao todo, existem de 1.042 processos travados nas quarto UEBA. O que, além de ferir o Estatuto do Magistério e a regulamentação trabalhista dos docentes, implica diretamente no desenvolvimento de ensino, pesquisa e extensão.

Além dos os direitos dos trabalhistas ameaçados, as universidades também são atingidas por um estrangulamento orçamentário. Somente 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para custeio e investimento das UEBA já não atende mais as necessidades da comunidade acadêmica. Funcionários técnicos também estão sem reajuste linear, estudantes seguem sem uma solução para o problema da permanência estudantil e os terceirizados também são atingidos.

Para Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, é preciso radicalizar e fortalecer a unidade entre as categorias das universidades para defender a sobrevivência da educação pública, gratuita e de qualidade. O governador Rui Costa já mostrou que não tem nenhuma responsabilidade com a educação e abertura para diálogo e negociação. Só a intensificação da luta pode reverter essa situação. 

A próxima reunião do Fórum das ADs foi marcada para dia 5 de junho, às 9h, em Vitória da Conquista na sede da ADUSB.
                                                                                                                                    Foto: Ascom Fórum das ADs

Reunião em Feira de Santana
 
Texto: Ascom Fórum das ADs


Comissão finaliza proposta de Diretrizes Metodológicas para o Orçamento Participativo da Uneb

A proposta de Diretrizes Metodológicas para o Orçamento Participativo da Uneb foi finalizada, pela comissão responsável, na reunião da terça-feira (23), ocorrida por videoconferência. 

Durante a atividade da terça-feira, a comissão fez melhorias ao documento inicial que havia sido sugerido pela Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan). As sugestões foram oriundas do acúmulo de discussões sobre o tema, feitas pelos três segmentos da comunidade acadêmica. Pela ADUNEB participa da comissão o docente Abraão Felix. Para o conhecimento e contribuições da categoria docente, o documento proposto pela Proplan, foi disponibilizado na página inicial do site da ADUNEB. Além da representação do sindicato dos professores, a comissão é composta por João Rocha Filho, Márcia Guena dos Santos, Marco Antônio Silvany e Marta Miranda Silva.

Agora a presidente da comissão, professora Márcia Santos, do DCH de Juazeiro, fará a sistematização e encaminhará aos outros membros da comissão para aprovação final. Na próxima segunda-feira (29), o documento será remetido ao Conselho Universitário.

 
Conquista do Movimento Docente 

A diretoria da ADUNEB considera que as discussões e posterior implantação do Orçamento Participativo são conquistas do Movimento Docente, frutos da pressão da vitoriosa greve de 2015. Até aquela oportunidade, apesar de constar no plano de gestão da reitoria, não havia nenhum empenho dos gestores pela concretização do projeto. Foi a luta do Movimento Docente, tanto durante a greve quanto depois, incentivando a discussão por meio de reuniões e videoconferências, que garantiu o avanço do Orçamento Participativo na Uneb.


GT contra opressões do ANDES-SN faz novas ações em defesa das comunidades excluídas 

A ADUNEB participou no último final de semana, de 19 a 21 de maio, da reunião do Grupo de Trabalho Política de Classe para as questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), do ANDES-SN. Na ocasião, as/os professoras/es do Movimento Docente, de várias regiões do país, puderam discutir sobre ações que pautam a defesa de grupos sociais oprimidos, a exemplo das comunidades negras, indígenas e LGBTs. A atividade aconteceu na sede do Sindicato Nacional, em Brasília.

Entre os principais pontos da pauta estavam a atualização da Cartilha Contra Opressões (leia aqui a Cartilha) e as discussões sobre maneiras de viabilizar o trabalho do Observatório da Violência. As duas ações foram propostas idealizadas pela ADUNEB, levadas à discussão no Congresso do ANDES-SN de 2014 e, depois de aprovadas, encampadas nacionalmente pelo Sindicato Nacional. 

Sobre a atualização da cartilha, além do aprofundamento de alguns temas, como a questão indígena, também foi elaborado um tema até então ausente no material, sobre o assédio sexual. De acordo com a diretora da ADUNEB, responsável pela pasta de Gênero, Etnia e Diversidade, Ediane Lopes, o trabalho foi fundamental, pois, tendo por base o número de denúncias, há evidências de que tem crescido em todo o país os casos de assédio sexual nas universidades. “O foco de nossas reflexões no GT foi a relação construída dentro da universidade, a partir dos processos de precarização. O debate levou em consideração o assédio sexual também como fruto da intersexualidade de vários elementos intrínsecos ao capitalismo, como as discussões sobre classe, patriarcado, etnicorraciais e a LGBTfobia”, afirmou a docente.

A expectativa é que a cartilha atualizada seja relançada no próximo Conad. Uma das propostas encaminhadas do GT, que será levada para discussão à diretoria do ANDES-SN, é que a mesa de abertura do evento discuta as questões de opressão e assédio sexual. 

Observatório da Violência

Outro projeto que começará a ser colocado em prática é o Observatório da Violência. O objetivo é fazer um amplo levantamento dos casos de assédios moral, sexual e outras formas de violência e opressão, que ocorrem dentro das universidades brasileiras. A partir do levantamento, o que se pretende é ter subsídios para que se possam criar ações mais concretas em defesa das comunidades acadêmicas das universidades.

Para começar a viabilizar o Observatório, o GT criou uma comissão nacional, que tem a representação da ADUNEB em sua composição. A primeira tarefa será produzir o questionário, que será aplicado ao conjunto da categoria por todo o país. Todas as informações obtidas pertencerão a um banco nacional de dados do ANDES-SN.

                                                                                                                                                Foto: ANDES-SN
Professoras/es durante discussão no GT


Audiência pública e ato por uma Escola sem Mordaça

A Câmara de Vereadores de Salvador recebe na próxima segunda-feira (29), uma Audiência Pública sobre o projeto “Escola sem Partido”. A atividade foi convocada pelos defensores deste projeto, que tenta criminalizar professores e professoras que promovam o debate e a reflexão no ambiente escolar. Para fazer o contraponto a essa proposta autoritária, contaremos com a presença dos professores Fernando Pena (UFF) e Sandra Marinho (UFBA) na audiência. Convocamos todos e todas para estarem presentes, às 8h, em frente à Câmara de Vereadores, para uma oficina de cartazes para logo em seguida participar da audiência.
 
No mesmo dia, às 15h, teremos a mesa de debate “Escola sem Mordaça: por uma educação crítica e libertadora”, com os professores Fernando Pena e Márcia Barreiros no auditório da APLB.
 
Serviço:
Audiência Pública sobre projeto “Escola sem partido”
Com Fernando Pena (UFF) e Sandra Marinho (UFBA)
Local: Câmara de Vereadores
Endereço: Ladeira da Praça, s/n - Centro, Salvador
Data: 29/5/17
Horário: 8h
 
Ato Público: Escola sem mordaça: por uma educação crítica e libertadora
Com Fernando Pena (UFF) e Márcia Barreiros (UNEB)
Local: Auditório APLB
Endereço: R. Francisco Ferraro, 45 – Nazaré, Salvador
Data: 29/5/17
Horário: 15h
 
Quem Somos

A Frente tem como objetivo estimular o debate crítico e a resistência organizada da sociedade (sindicatos, organizações, movimentos sociais, populares, estudantil e demais ativistas) contra os projetos de lei apresentados nos âmbitos municipal, estadual e federal, que pretendam aprovar a Escola da Mordaça (Movimento Escola sem Partido), tendo em vista a defesa da livre expressão do pensamento e do debate crítico nas escolas.

Texto: Frente Escola sem Mordaça, com edição ADUNEB


Sergio Gabrielli e Deyvid Bacelar (Sindipetro) debatem em Salvador sobre a Petrobras

O Comitê UNEB pela Democracia vai realizar, na próxima segunda-feira (29), o debate Petrobras: questão estratégica para o Brasil. A atividade será promovida às 10h, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), no Campus I da instituição, em Salvador.

O evento vai contar com a participação do ex-presidente da Petrobras e ex-secretário do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), José Sergio Gabrielli, e do coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), Deyvid Bacelar.

A atividade integra o Ciclo de Debates: O Ataque à Democracia no Brasil. A iniciativa prevê a realização de eventos nos meses de maio e junho, e objetiva discutir temas polêmicos que tem movimentado a vida política brasileira como a Reforma da Previdência, o fim do financiamento público, a judicialização da política e o ataque à soberania nacional.

Toda a programação do ciclo é gratuita, aberta ao público e será transmitida via videoconferência para todos os campi da universidade. Não há necessidade de inscrição prévia.

O Comitê UNEB pela Democracia foi instalado em dezembro de 2016. É formado por representantes dos segmentos docente, discente e técnico, além da Gestão Central da UNEB, e tem como objetivo defender a formação acadêmica crítica, incentivar debates e auxiliar a comunidade na compreensão da realidade.


 
Texto: Ascom Uneb


NOTA DE APOIO ÀS/OS TRABALHADRAS/ES E SUA LUTA EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA E DOS DIREITOS SOCIAIS NO RIO DE JANEIRO


As/os docentes e estudantes reunidas/os no II Encontro da Regional Nordeste I – ANDES-SN, na cidade de Picos-PI, saúdam a luta das/dos camaradas do Estado do Rio de Janeiro que, de forma incansável e exemplar, mantém-se firmes na defesa da universidade pública e dignidade do trabalho docente, bem como dos direitos sociais. Reafirmamos a grandeza do embate feito contra as políticas agressivas e do ajuste fiscal encaminhado pelo governo Pezão, no Estado do Rio de Janeiro. 

Consideramos legítima a manifestação de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes, apoiamos sua continuidade e enviamos toda a energia que a nós é disponibilizada pelo sol, aqui na cidade de Picos, aqueles e aquelas que hoje estão ocupando a frente do Palácio da Guanabara - RJ e que essa ação seja parte da radicalização da luta de classes que a classe trabalhadora brasileira necessita fazer contra o capital, o Estado e os governos que a ele representam.

Continuem firmes na luta, camaradas, pois só a luta muda a vida!

Picos-PI, 18 de maio de 2017.



 
 
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